Projecto para o recreio do CEPI

O edifício do CEPI Aurélia de Sousa situa-se num espaço contíguo ao complexo da Escola Secundária Aurélia de Sousa no interior de um quarteirão urbano.
recreioO edifício construído na década de setenta (inaugurado em 1976, construção da Soares da Costa) organiza o programa escolar em dois pisos, o rés-do-chão para o jardim-escola e o 1º andar para a creche.
Com um desenho atento às múltiplas exigências destes equipamentos, os espaços sucedem-se organizados a partir de um corredor, que, nos dois pisos, abre as salas para sul. A norte distribuem-se os espaços de apoio, sanitários, arrumos e cozinha.
A luz suave de norte, ilumina também o corredor e as zonas de recepção dos alunos nos dois pisos.
No piso térreo, as 3 salas relacionam-se directamente com o espaço exterior de recreio através de um pequeno espaço, desnivelado, que funciona como espaço de reunião aberto para o exterior.

recreioLegenda:
1 – Planta Geral do CEPI
2 – Levantamento da situação actual do recreio
3 – Planta da Proposta de Pavimentação
4 – Planta da Proposta de Equipamentos5 – Cortes da Proposta

Autores:
Gonçalo Canto Moniz
Vasco Cardoso
Maria José Ferreira

O edifício do CEPI Aurélia de Sousa situa-se num espaço contíguo ao complexo da Escola Secundária Aurélia de Sousa no interior de um quarteirão urbano. O edifício construído na década de setenta (inaugurado em 1976, construção da Soares da Costa) organiza o programa escolar em dois pisos, o rés-do-chão para o jardim-escola e o 1º andar para a creche.
Com um desenho atento às múltiplas exigências destes equipamentos, os espaços sucedem-se organizados a partir de um corredor, que, nos dois pisos, abre as salas para sul. A norte distribuem-se os espaços de apoio, sanitários, arrumos e cozinha.
A luz suave de norte, ilumina também o corredor e as zonas de recepção dos alunos nos dois pisos.
No piso térreo, as 3 salas relacionam-se directamente com o espaço exterior de recreio através de um pequeno espaço, desnivelado, que funciona como espaço de reunião aberto para o exterior.
O recreio coberto foi com o tempo transformado num salão, que apesar de fazer falta, sacrificou um espaço de relacionamento das crianças com o exterior. O refeitório no topo poente recebe luz nas duas fachadas, sendo um espaço bastante iluminado e arejado.
No piso superior, segue-se o mesmo esquemas, mas as salas abrem para uma espaçosa varanda, que no topo poente ganha uma maior dimensão sobre a cobertura do salão; este é o espaço das primeiras aventuras ao volante dos triciclos.
O recreio é actualmente animado por um conjunto de equipamentos em tubo de aço e em betão armado, que, apesar de não cumprirem os regulamentos, cumprem a função brincar, de acordo com os modelos em prática na década de setenta.
A valorização do espaço de recreio é, desde há dez anos, altura em que foi apresentada uma primeira proposta, uma ambição dos funcionários e pais dos alunos por considerarem que o actual recreio não oferece segurança nem permite explorar as diferentes actividades ao ar livre.
A partir de diversas reuniões com os educadores e com os pais sobre os problemas e as necessidades do espaço de recreio, optou-se por encontrar uma solução que permitisse fasear a obra, de modo a garantir a segurança da utilização do recreio. Neste sentido, a proposta tem como principal objectivo nivelar o pavimento e retirar todos os equipamentos existentes. Este nivelamento deverá ser executado por diferentes materiais que irão delimitar diferentes espaços. Pretende-se explorar estas diferenças com diferentes materiais e texturas susceptíveis de provocar estímulos diferentes: relva, seixo rolado e betonilha colorida. Aos diferentes pavimentos propomos que se associe uma actividade -  jogar, conversar, brincar ou festejar – e que, em um ou dois espaços, possa ser instalado um equipamento em madeira ou alumínio. 

Para festejar, propomos ainda um toldo que permita prolongar o refeitório para o exterior.